11.5.06

Problema e Justificativa

Parte integrante do pré-projeto. Está bom?

"São conhecidas as exíguas chances de fazer um produto de mídia no qual a originalidade seja tônica. Os novos paradigmas da produção de peças midiáticas repousam nas quase infinitas possibilidades de agenciamento de referências, fazendo com que os produtores de conteúdo tornassem bricoladores de técnicas e modos de representação provenientes de algum momento histórico. Dentre os fatores que corroboram com este cenário, podemos citar a Internet, que coloca à disposição de seus usuários diversas temporalidades, por exemplo, a histórica, a pessoal, a de uma cultura específica, entre outras. Conhecer o fenômeno das temporalidades, e mesmo o do Tempo, presente nos produtos de comunicação contribui para uma maior consciência para melhores agenciamentos nos mesmos. Tal consciência pode ser adquirida em um estudo para o qual colaboram aparentemente distintas áreas do saber. O que diz a Física, os textos de cultura, e a vivência individual acerca do Tempo? Em que tais saberes podem colaborar para a área da Comunicação Social? As categorias de tempo ou temporalidades podem servir como análise qualitativa de produtos midiáticos?
Sobre a utilização das mídias digitais como repositório de memória: qual a durabilidade dos novos suportes? Quem tem o suporte midiático mais durável: o homem que utilizou as paredes das cavernas, nós que arquivamos nossas memórias em mídias digitais disponíveis, ou as ditas “celebridades” que utilizam a grande mídia? No auge da pintura figurativa, posar um retrato era eternizar sua imagem. Com o barateamento das câmeras digitais, a eternidade está acessível? Estamos comprando um sonho de eternidade? Questionamentos como este brotam a cada incursão nos cruzamentos entre o Tempo, a Memória e a Mídia; sendo assim acredito que o estudo será válido e útil para produtores de mídia."

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