14.5.06

Mudança de rota

A minha orientadora me recomendou mudar um pouco o projeto. Também acho que ele estava meio vago e parecia mesmo pretensioso: itens demais na bibliografia (eu tinha 30 itens), tudo meio fora de padrão. As observações que ela fez são super pertinentes.

Tem muito trabalho a fazer e é para amanhã. Passando a correria posto aqui as observações dela e os arquivos de antes e depois.

12.5.06

living memory

fonte do artigo
LIVING MEMORY
COMMUNITY AND COMMUNICATION IN THE ERA OF NETWORKS

The book explores the relationship between the concepts of memory, community, communication and media from a social and cultural perspective.
Rather than giving a closed and unidirectional perspective on the synergy between these notions which are rapidly changing, the book gives the reader different views and cultural instruments to think about these evolutions.
This book is the result of a three year European research project (Living Memory) and it is a collection of interviews carried out with world-wide communication experts.

11.5.06

Bibliografia preliminar

Esses são autores que acho interessantes e os utilizarei como ponto de partida. Penso que durante a feitura do trabalho de conclusão poderei fazer mais correlações.
Os códigos são os da biblioteca da PUC-SP.

ADES, Cesar – Qualidade e intensidade do afeto como determinantge da memória cotidiana – P 150 P
ALLIEZ, Eric - "Imagem-maquina : a era das tecnologias do virtual"
BAITELLO, Norval - "O animal que parou os relógios" e "Era da Iconofagia"
BENJAMIN, Walter – textos selecionados
BERGSON, Henri "Matéria e memória"
CAMINHO DA LUZ. Direção: Marcelo Corrêa
ELETROREFLEXOGRAMA. Direção: Marcelo Corrêa. Intérprete: Marília Jardim
FLUSSER, Vilém “A História do Diabo”
HEIDEGGER - Qualquer coisa sobre o tempo e "ser"
JUNG, Carl - "O homem e seus símbolos", "Sincronicidade"
KANT, Immanuel - "Crítica da razão", "Fundamentação da metafísica dos costumes"
LEAO, Lúcia - "O chip e o caleidoscópio", “Labirintos do pensamento contemporâneo”
LEIA-ME. Direção: Marcelo Corrêa. Intérprete: Marília Jardim.
NIETZSCHE, Friedrich - "Assim falou Zaratustra" ("Eterno retorno")
PRIGOGINE, Ilya - " O Fim das Certezas: Tempo, Caos e as Leis da Natureza" ou "As leis do caos" ou "O nascimento do tempo" ?
ROMANO, Ruggero – Enciclopédia Einaudi – R036 9 E56
SCHOPENHAUER, Arthur – O mundo como vontade e representação. 192.7 S373mc
WIKIPEDIA
WOLF, Mauro - "Teorias da Comunicação"

Problema e Justificativa

Parte integrante do pré-projeto. Está bom?

"São conhecidas as exíguas chances de fazer um produto de mídia no qual a originalidade seja tônica. Os novos paradigmas da produção de peças midiáticas repousam nas quase infinitas possibilidades de agenciamento de referências, fazendo com que os produtores de conteúdo tornassem bricoladores de técnicas e modos de representação provenientes de algum momento histórico. Dentre os fatores que corroboram com este cenário, podemos citar a Internet, que coloca à disposição de seus usuários diversas temporalidades, por exemplo, a histórica, a pessoal, a de uma cultura específica, entre outras. Conhecer o fenômeno das temporalidades, e mesmo o do Tempo, presente nos produtos de comunicação contribui para uma maior consciência para melhores agenciamentos nos mesmos. Tal consciência pode ser adquirida em um estudo para o qual colaboram aparentemente distintas áreas do saber. O que diz a Física, os textos de cultura, e a vivência individual acerca do Tempo? Em que tais saberes podem colaborar para a área da Comunicação Social? As categorias de tempo ou temporalidades podem servir como análise qualitativa de produtos midiáticos?
Sobre a utilização das mídias digitais como repositório de memória: qual a durabilidade dos novos suportes? Quem tem o suporte midiático mais durável: o homem que utilizou as paredes das cavernas, nós que arquivamos nossas memórias em mídias digitais disponíveis, ou as ditas “celebridades” que utilizam a grande mídia? No auge da pintura figurativa, posar um retrato era eternizar sua imagem. Com o barateamento das câmeras digitais, a eternidade está acessível? Estamos comprando um sonho de eternidade? Questionamentos como este brotam a cada incursão nos cruzamentos entre o Tempo, a Memória e a Mídia; sendo assim acredito que o estudo será válido e útil para produtores de mídia."

Projeto quase pronto

Vai aqui o resumo do projeto, que ainda não foi corrigido pela minha orientadora. Acho normal estar um pouco inseguro e ainda sentir que falta alguma coisa. O projeto é um bom desafio!
"Prentende-se tratar da correlação entre tempo e memória, sempre presentes nos produtos midiáticos.
Para falar de tempo, pretende-se fazer o cruzamento de fontes originárias de áreas do saber distintas para qualificá-lo de modo holístico: textos de cultura provenientes do Budismo e da Cabala, na literatura, o tempo para a Física – apoiando-se, sobretudo em Ilya Progogine e Albert Einstein – o tempo assim como percebido pelo o indivíduo e por sua memória. Algumas categorias temporais inerentes ao desenvolvimento humano histórico e presentes nos produtos de comunicação serão também analisadas, como por exemplo, o tempo mítico, o circular, o absoluto e o hipertempo.
Desde que o homem toma consciência de sua finitude, procura suportes cuja duração seja maior que sua existência, o que garantirá sua permanência nos laços sociais. Daí vem a importância de se aprofundar no tema “memória” para averiguar do que a memória individual e a coletiva lançam mão para sedimentarem-se e como se dá a manifestação destes tipos de memória nos meios de comunicação.
O tema “mídia” estará presente nas análises de tempo e memória, sendo que pretende-se, na parte final do trabalho, elaborar as conclusões da pesquisa focando-se em exemplos de diversos suportes."

3.5.06

Tempo e memória



Creio que a pesquisa preliminar sobre o Tempo já abrange váriso pontos de vista: em textos de cultura (Budismo e algum da tradição judaico-cristã) com trechos aqui no blog, passeio sobre a Física (sobretudo com Einstein e Prigogine) e pela filosofia (Schopenhauer, Kant, Hume e Deleuze). Agora preciso fazer a transição para o tema memória.

Como já li TANTO sobre o Tempo, com pesadas referências, creio que farei a parte de Memória mais light. Vou me apoiar na mitologia grega. Zeus e Mnemosine, a deusa da memória, dormiram por nove noites seguidas, e cada uma dessas "coberturas" resultou em uma Musa, cada uma corporificando uma modalidade de arte, na qual se pode depositar a memória. E daí vou estudar Tempo e Memória na Mídia: aqui é a parte em que falarei sobre temporalidade e exemplos de como o registro de memória é feito.

Schopenhauer, Kant, Hume e percepção

Arthur Schopenhauer - Wikipedia, the free encyclopedia: "Schopenhauer's identification of the Kantian noumenon (i.e., the actually existing entity) with what he termed Will deserves some explanation. The noumenon was what Kant called the Ding an Sich, the 'Thing in Itself', the reality that is the foundation of our sensory and mental representations of an external world; in Kantian terms, those sensory and mental representations are mere phenomena. Schopenhauer departed from Kant in his description of the relationship between the phenomenon and the noumenon. According to Kant, things-in-themselves cause phenomenal representations in our minds. Schopenhauer, on the other hand, believed phenomena and noumena to be two different sides of the same coin; noumena do not cause phenomena, but rather they are simply the way by which our minds perceive the noumena, according to the Principle of Sufficient Reason, which is explained more fully in Schopenhauer's doctoral thesis, On the Fourfold Root of the Principle of Sufficient Reason.

Schopenhauer's second major departure from Kant's epistemology concerns the body. Kant's philosophy was formulated as a response to the radical philosophical skepticism of David Hume who claimed that causality could not be observed emprically. Schopenhauer begins by arguing that Kant's demarcation between external objects, knowable only as phenomena, and the Thing in Itself of noumenon, contains a significant omission. There is, in fact, one physical object we know more intimately than we know any object of sense perception. It is our own body.

We know our human bodies have boundaries and occupy space, the same way other objects known only through our named senses do. Though we seldom think of our bodies as physical objects, we know even before reflection that it shares some of their properties. We understand that a watermelon cannot successfully occupy the same space as an oncoming truck. We know that if we tried to repeat the experiment with our own bodies, we would obtain similar results. We know this even if we do not understand the physics involved."

David Hume e Einstein

David Hume - Wikipedia, the free encyclopedia:

"Both Russell (1946) and Kolakowski, (1968) saw Hume as a positivist holding the view that true knowledge derives only from the experience of events, from ‘impressions on the senses’ or (later) from ‘sense data’ and that knowledge otherwise obtained was ‘meaningless’. Einstein (1915) wrote that he was inspired by Hume's positivism when formulating his Special Theory of Relativity."